sábado, 31 de dezembro de 2011

Que venha... O que quer que seja.

Faltam aproximadamente três horas para darmos adeus a 2011 e recebermos 2012 de braços abertos...
"Braços abertos"? Está bem, exagerei. Este foi um termo estúpido. Porque, honestamente, para mim é irrelevante. Concordo, amanhã pode ser outro dia, outro mês e até outro ano. Porém a mudança não é tão drástica assim. Do dia 31 de dezembro para 1º de janeiro, você continua sendo a mesma pessoa. Mesmos defeitos, mesmas qualidades, só que com fogos de artifícios a atazanar os tímpanos. Além disso, o fato do calendário apontar para outra data não deveria ser motivo para fazer promessas. É tudo pura ilusão.
Enfim, não é esta a questão que quero abordar neste instante. Confesso que até eu entrei neste clima de novas expectativas, então resolvi listar o que espero de 2012. Mais que isso, é uma forma de eu sentir que tal ano será proveitoso. Ainda mais por causa daquele acontecimento-você-sabe-qual.
Acho que colocar os meus planos em uma lista me dá a sensação de que 2012 será mesmo repleto de novidades e diversão. Vale enfatizar novamente que não são promessas (tanto que a maioria são apenas planos já confirmados). Estaria mais para "motivos para viver ano que vem". 
De qualquer modo, aqui estão:

Quanto a VIDA ACADÊMICA:
- 1º semestre de Cursinho Anglo. [Fevereiro até Junho]
- 2º semestre de Cursinho Inteligentes Vestibulares, específico para o Vestibular da Cásper. [Agosto até sabe-lá-Deus-quando. Ou seja, Novembro ou Dezembro]
...Os dois tópicos acima automaticamente incluem conhecer pessoas novas, já que são em lugares diferentes. Aplicam também, obviamente, em uma nova rotina.
- Preparatório para o FCE. [Na Access perto de casa, por favor]

Quanto ao LAZER - shows, viagens e afins:
- Lollapalooza! 
- Espetáculo "Família Adams", no Teatro Abril.
- The Pretty Reckless 
- Viagem para Nova York [No meio do ano].

OUTROS, que não se enquadram acima:
- Tirar carta de motorista.
- Ter um carro.
- Finalmente conhecer o Beco 203 e outros locais semelhantes.
- Investir mais no canal-você-sabe-qual.

Então, por enquanto é isso. Se surgirem mais eventos eu acrescento aqui. Acho que será divertido e nostálgico ler estes itens em 2013. Mas calma aí, cada coisa ao seu tempo. 


Come attrition
Come the reek of bones
Come attrition
Come hell

This is why
Why we fight
Why we lie awake
And this is why
This is why we fight

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Papai Noel, onde está você?

Um dia para o Natal e eu não sinto nem um pouco no clima das tais festividades. Enquanto isso, há pessoas muito mais velhas que eu na Avenida Paulista, divertindo-se com a neve artificial e as luzes que enfeitam os prédios. História longa de maneira curta: Não parece que é Natal. Bem, ao menos para mim, é claro.
Primeiro de tudo, as pessoas forçam demais essa época. Por que todo mundo resolve se tornar solidário somente no final do ano? A verdade é que não passa de puro egoísmo. Pois mesmo que inconscientemente, todos esperam algo em troca.
Depois, esse ano eu não montei nenhuma árvore de Natal. Não ganhei mais que dois presentes. Não me empanturrei de Panetone. E pergunto-me, se tivesse seguido tais tradições, seria este o verdadeiro significado do Natal? Pelo menos é essa a figura que simboliza a ideia natalina para a sociedade. Está bem, não quero criar nenhuma moral piegas aqui...
Mas, deixando o assunto religião e família de lado, eu realmente nem sei qual é sentido do Natal. Se um dia ele existiu, com certeza se perdeu ao longo dos anos. E a tendência é só ficar cada vez mais e mais superficial.
Não sei se esse texto faz muito sentido. No fundo, só foi uma desculpa para postar o vídeo natalino do The Killers desse ano. A propósito, me sinto meio culpada de ter baixado tal música no 4shared, cujos fundos arrecadados iriam para uma Organização contra AIDS.
Mas, tá. Eu apenas amo muito esse clipe.



↑ Nenhum trecho em especial que me toque. Ainda porque a música alegre diverge totalmente da ideia que acabei de escrever. Novamente, eu apenas amo muito esse clipe.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Lar, amargo lar.

Há pouco menos de uma semana li um livro (Anna e O Beijo Francês - Stephanie Perkins) que cita um pensamento que muito me fez refletir. Este, diz que a casa é uma (ou mais) pessoa(s), e não um lugar. Embora tal reflexão tenha origem em um romance clichê adolescente, isso não impede de que seja menos verdadeiro para mim. Sendo breve, cheguei a conclusão que eu estou longe de ter uma casa.
Não me entenda mal. Amo meus amigos e colegas que me acompanham e me aturam a tanto tempo. Sou muito grata em poder confiar nessas pessoas, mas é só que aquele velho papo de se sentir um peixe fora d'água me insiste em assombrar.
Sempre me senti deslocada em relação ao resto do pessoal da minha idade. Desde o jardim de infância, me lembro. Nada, porém, que me deixasse depressiva ou inconformada. Algo tolerável. Todavia, após 17 anos estou cansada de ter que fingir que sou igual aos outros. Ter que fingir risos. Aturar dramas desnecessários. Dar explicações. Não é justo comigo, muito menos com os outros.
Quando eu digo que me sinto diferente, não é apenas uma questão de maturidade - mas sim, essencialmente, é. Sou e sempre fui uma pessoa muito crítica, difícil, que não se contenta somente com o raso. Em outras palavras, se preferir, uma pessoa chata e fria. E de forma alguma eu me orgulho disso. Afinal, pessoas como eu têm mais dificuldade em ser felizes, caso isso já não esteja evidente.
Durante muito tempo cheguei a pensar que, portanto, pessoas mais leves e "menos profundas", por assim dizer, seriam ideais como companhia, pois equilibrariam nossas personalidades. Mas depois de muito tentar se enquadrar a eles e a muitas vezes sentir-se desconfortável no ambiente, vejo que estava errada.
O que eu necessito mesmo é encontrar o meu verdadeiro grupo. Pessoas que tenham as mentes mais abertas, gostos semelhantes. Creio que só elas conseguirão tirar este peso sobre mim e me ajudar a atingir uma maior auto-descoberta. Deixo claro que não estou procurando tipos de indivíduos cheios de bate-papos super cabeças que curtam filosofias pré-socráticas ou algo do gênero (apesar que seria muito bom compartilhar uma conversa assim com alguém de tal nível, de vez em quando).
Para ser sincera, não me refiro a um estilo em específico. Mas tenho uma ideia de como ele possa ser, porém. E não é pura idealização, pois eu constantemente os percebo nas muitas ruas de São Paulo. Só que a linha da conversa ainda não chegou lá.
Eu apenas preciso encontrar a minha casa, o meu lar. Os meus muitos lares, melhor dizendo. Para assim, finalmente, poder me encontrar.


Yeah, I know it gets tired
But where are your friends tonight?
Where are your friends tonight?

domingo, 11 de dezembro de 2011

Tambor vermelho, espero por um milagre teu.

Poderia facilmente dizer que enfrentei hoje um dos meus maiores desafios da minha vida. Se não o maior, até agora. Tracei os devidos planos para obter o resultado esperado; me empenhei, mais do que a maioria se empenharia; criei expectativas; dei o meu melhor e mesmo assim... Eu falhei. Ainda por cima, falhei em algo em que sou boa. E somente eu sei como isso é exaustante e doloroso.
O pior é que se eu voltasse atrás, eu não mudaria absolutamente nada. Fiz o que fiz, não me arrependo. Mas é penoso saber que o meu esforço não foi suficiente. Logo eu, que tenho como meu maior mérito a dedicação e o respectivo sucesso. Pois, quando quero algo, eu sempre obtenho. Mas após este caso, vi que não é bem assim.
Como meio de aliviar minha mente, tento me convencer de que talvez Deus está reservando algo melhor para mim no futuro, já que não deu certo este ano. A verdade, porém, é que eu me sinto derrotada. Sem rumo. Sozinha, mais que nunca. Quase não me reconheço mais.
Fique bem claro, entretanto, que eu não desistirei tão facilmente assim. Vou lutar até conseguir o que quero (Leia-se "um ano"). Bem, é claro que ainda há um ponto de esperança no fundo do túnel. Só que a garota pessimista aqui sempre olhará o lado mais negro. Mas quem sabe... Quem sabe?


When you try your best, but you don't succeed 
When you get what you want, and not what you need
 When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse
...
Tears stream down your face
I promise I will learn  from my mistakes

domingo, 4 de dezembro de 2011

O que faz o mundo girar... E afundar.

A razão por mais de 70% (e prevendo um dado otimista, ainda) das desgraças no mundo tem só um nome: Dinheiro. A falta dele ou mesmo a sua abundância. Nós assistimos isso a todo momento: É amante que assassina o marido após este ganhar na Mega-Sena, é o porquê de guerras e ataques entre nações, é motivo de fome até suicídio.
Caso esteja se perguntando, não sou nem um pouco de esquerda, ao contrário. Creio que viver numa sociedade capitalista ainda é mais vantajoso do que viver em uma socialista -Embora nunca tenha visitado Cuba ou Coreia do Norte para afirmar com tanta convicção. 
Não vou ser hipócrita. Gosto do que o dinheiro pode me proporcionar. Ele, mesmo que indiretamente, me traz momentos de felicidade e júbilo. Aprecio jantar em um bom restaurante em um domingo a tarde, adoro quando compro roupas novas e a maioria dos meus sonhos envolvem-no. Para começar, não estaria nem escrevendo neste Laptop se não fosse pelo dito cujo.
Sinceramente, porém, não me considero uma pessoa extremamente apegada a ele. Não ligo em gastar com o próximo, evito ao máximo pedir dinheiro aos outros e quando recebo troco - independentemente da quantia -, sempre o arremesso em qualquer espaço da minha bolsa, como se fossem realmente só papel. (Apesar de o último item provavelmente estar mais ligado com a minha personalidade desorganizada). 
É só que... Isso me indigna. Digo, o fato de notas de papel provocarem tanto tumulto. Essas notinha acabam, entretanto, valendo muito mais do que vidas.  O mais lamentável é saber que, no geral, para alcançar uma condição financeira  estável é necessário ter uma base, uma boa educação... O que nos leva novamente para o primeiro princípio. Ou seja, é injusto. 
A questão é: Compensa mesmo matar, sucumbir, ferir e/ou destruir por causa disso? Eu tenho a resposta: NÃO. Mas, mesmo assim, a humanidade continua cometendo tais absurdos, elevando o cifrão acima da moral. Afinal de contas, de acordo com a sociedade contemporânea, o segundo item tem menos valor.



I want to buy you something
 But I don't have any money
 No, i don't have any money

And if I had a car, I would trade in my car
 If I had a gun, I would trade in my gun

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Máscara estrelar.

O cheiro cítrico que tanto gosto está colado no meu corpo. Delineador, ombros nus e os trechos daquela música (You're my best friend / But then you died) presos na minha cabeça. Procuro você na fila de fumaças risonhas e camisas xadrez. Mas não sei exatamente como é seu rosto. Esse é o problema.
Desencano. Fico a um canto, próxima à caixa de som. Escondida nas ondas de meus cabelos, observo. Observo aquela gente, gente diferenciada e viva. Mais viva na alma do que no corpo. As luzes coloridas e serpenteantes repentinamente chicoteiam o seu rosto e nossos olhares se encontram. Aquela vibração de Foals misturadas com álcool pulsam em nossas veias.
Era por você que esperava. Você sabe disso também. Tanto que se aproxima de mim. Me leva pra um lugar mais isolado. Risadas roucas, sem muitas palavras. Meus dedos passam pelas linhas onduladas da estampa de sua camisa. Eu gosto disso... Gosto de você, digo com um olhar já pesado e obscuro, feito aquela noite.
Enquanto você me prende contra a parede e começa a beijar meu pescoço, eu sussuro em seu ouvido embriagado a seguinte frase: "Você não é meu J.G., mas tudo bem..."
Sim, tudo bem. Porque você sabe quem é Dave Keuning e nós compartilhamos os mesmos ódios... Então serve. Naquele minuto, pelo menos, nós nos servimos. Superficial asssim. Sem promessas, sem expectativas. Puro egoísmo. E acabou.


 Pela primeira vez, sinta mais o ritmo do que as palavras.

domingo, 20 de novembro de 2011

Vida Cultural (retirado do livro Poesia & Teatro, de Vacláv Havel)


SEGUNDA-FEIRA   escritório    descanso    cinema    sono

TERÇA-FEIRA      escritório    descanso    televisão    sono

QUARTA-FEIRA    escritório    descanso    cinema     sono

QUINTA-FEIRA    escritório    descanso    televisão     sono

SEXTA-FEIRA     escritório    descanso    cinema       sono

SÁBADO            escritório    descanso    baile          sono

DOMINGO          sono          televisão     televisão      sono

sábado, 12 de novembro de 2011

Sapatos gastos em lugar nenhum.

Seus sapatos estavam gastos. Gastos de tanto andar. Sua cabeça latejava, as pernas ardiam. Setas apontavam para todas as direções. Estava completamente só naquele labirinto de vazios, porém escutava pontos de sussurros, vindos dos mais remotos lugares. 
Aquilo torna-se insuportável. Seus joelhos cedem. Tampa os ouvidos. E grita. Enche os pulmões de ar congelante e grita. Queria chorar. Mas não conseguia, pois não tinha mais lágrimas. Fica nessa posição por alguns segundos... Ou dias. Não sabia ao certo.
No meio da neblina, então, um ônibus velho chega aos chocalhos. Ele para bem em sua frente. Não havia nenhum motorista, muito menos passageiros. Não tendo nada mais a perder - nem a ganhar, também -, subiu no veículo. Em um baque, o ônibus toma partida e começa a vagar para Lugar Nenhum.
Seu rosto fantasmagórico olha para baixo. Meus sapatos estão gastos, nota. Os tira e os analisa entre os dedos ossudos. O couro estava prestes a arrebentar, o odor da sola era de podridão. Percebe, subitamente, que aqueles calçados eram pequenos demais se comparado ao tamanho de seus pés. Por isso que cada passo que dava doía tanto.
Em um ato que lhe pareceu muito natural, resolveu atirar os sapatos miúdos pela janela do ônibus. Deveria ter sido algo libertador, mas não foi, na realidade. E pouco importava. Tanto faz. "Apenas me leve para Algum Lugar", murmurou para o motorista invisível. E pegou no sono.



Walk in silence
Don't walk away, in silence
See the danger
Always danger
Endless talking
Life rebuilding
Don't walk away

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Obrigada por tudo. Até algum dia, quem sabe.

Logo quando tudo parece estar bem, logo quando eu me apego as pessoas, logo quando eu sinto que pertenço a um lugar é hora de dizer adeus. Sou horrível em despedidas. Dez meses atrás eu nunca diria isso, mas eu vou sentir falta do Ensino Médio. Mais do que eu poderia admitir. Vou sentir falta da rotina, dos professores, dos amigos que sei que perderei contato total.
Eu aprendi muito nessa escola. E por "aprender", não me refiro apenas ao conteúdo didático. Aprendi muito com as pessoas. Aprendi que é possível me simpatizar com algumas que, ao primeiro olhar, nunca trocaria uma palavra. Aprendi que ainda existem adolescentes com que se valha a pena acreditar. Até aprendi, ou melhor dizendo, entendi que não há problema em bancar a pateta. Às vezes, é claro.
Agora, me pergunto... Como dizer adeus? Ficar face a face com uma pessoa que foi de essencial importância para a minha formação nesse período de minha vida estudantil, e ter a consciência de que muito provavelmente eu nunca mais a verei é algo muito complicado. O que dizer? É preciso um discurso emotivo que faça todos soluçar em lágrimas? Ou um simples e ilusório "Obrigada por tudo. Até algum dia, quem sabe." basta?
E é por isso que sou péssima em despedidas. E em menos de duas semanas, estará tudo acabado. Todos esses três anos virarão somente lembranças. Lembranças que recordarei com muito carinho.
Confesso que há vezes que me arrependo em ter me apegado tanto a certas pessoas. Porque, diz a minha mente, assim eu não estaria com essa sensação ruim. Mas então, reflito outra vez. E mudo de ideia. Primeiramente, porque a separação é algo constante em nossas vidas. E, se eu não souber lidar com ela hoje, com certeza não saberei me lidar com ela amanhã. (Sim, eu e a minha racionalidade sempre...) Segundo porque, se eu nunca as tivesse conhecido, aqueles momentos de risadas e bem-estar nunca teriam acontecido. E, acredito eu, são esses tipos de memórias e pessoas que serão levadas comigo junto ao meu túmulo. Porque elas, sem dúvida nenhuma, definem uma boa parcela do meu eu. 


Days
Days are forgotten
Now it's all over
You've simply forgotten

sábado, 5 de novembro de 2011

Nós já temos rugas, pai.

Hoje posso finalmente dizer que eu aprendi a me lidar com você. Não significa que eu te entenda ou que foi tão simples assim. Porque não foi, ainda não é e acredito eu, nunca será. O problema, fora a pouca convivência, é por nós sermos muito parecidos. Pai e filha, viciados na vida profissional, calados, seres mais pensantes do que falantes.
Os tempos em que nós íamos aos parques, ora assustar as pombas, ora girar em brinquedos que te deixavam enjoado, ora ver teatrinhos repetidos da Mônica... Ou quando você cantava para mim e para minha prima no carro, me fazendo soltar gargalhadas doces feito borboletas?  E eu ainda falava, entre risos, "Para, pai!". Hoje eu daria tudo para te rever cantando, daquele jeito tão genuíno.  
Essas imagens, todavia, me parecem tão distante que poderia facilmente dizer que foram lembranças de outra vida. E saber que tempos tão leves quanto aqueles nunca voltarão, faz meu coração doer. Aquela criança de olhos amendoados e bochechas salientes mal sabia o quanto ela e o pai mudariam...
Me custou muito tempo e maturidade para compreender que nós não somos os mesmos. Que nós não nos enquadramos em uma relação de pai e filha qualquer. Que você não pode ser comparado a ninguém.
Me acostumei em vir duas vezes por mês em seu lar, que agora também considero meu; folhear revistas Veja enquanto você me serve salmão. Antes de dormir, você me dá um beijo de boa noite, como se eu ainda fosse a sua garotinha... É o seu jeito estranho de dizer que me ama. Confesso que ainda atendo decepcionada o telefone quando você diz que não vem. Mas tudo bem, porque isso já não me machuca.
Eu aprendi que você é desse jeito. Que nós funcionamos desse jeito. E que dificilmente vamos mudar. E estou bem com isso, porque finalmente aprendi a gostar de nós. Gosto de ter essa segunda casa, em que sei que posso contar, sempre.
Espero conseguir lhe dizer essas palavras um dia.


As my bones grew they did hurt
They hurt really bad
I tried hard to had a father
But instead I had a dad

I just want to you to know that
I don't hate you anymore

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Não é um texto sobre amor.

Tento compreender, inutilmente, porque raios você tanto aparece em meus sonhos. Você é um sujeito que simplesmente não tem nenhum atrativo. A sua personalidade faz o tipo que eu mais odeio no mundo... Como entender algo assim?
Olhe, não tenho a mínima ideia de como você está agora. E, sinceramente, prefiro continuar deste modo. O mais estranho é que acho que eu nunca te amei. E isso me confunde... Afinal, se nunca foi amor, então o que foi? Acho que nunca vou descobrir. Só o que sei é que senti alguma coisa, seja ela boa ou ruim. Pois entre as muitas poucas pessoas que passaram na minha vida, às vezes, é em você que fico a pensar. Logo em seguida, entretanto, apenas sacudo a minha cabeça, afastando sua memória... E facilmente consigo me distrair, longe de ti.
Não consigo lembrar de nenhum momento especial que me traz uma boa recordação em relação a você. Me pergunto, novamente, o porquê de você ter me marcado tanto. Será que foram nada mais que as suas brincadeirinhas que deixaram rastros na menina inocente da época? Ou talvez foi apenas o desejo de ter voltado no tempo e fazer com que tivéssemos uma história, de fato? Bem, honestamente, acho pouco provável.
Tenho consciência, contudo, de que nunca, em nenhum segundo desses últimos anos, você sequer mencionou meu nome em seu pensamento. Mas tudo bem, melhor assim. Não o culpo. Como esperar algo de alguém, sendo que nunca houve algo? Com um sorriso cabisbaixo e amargurado, te desejo boa sorte. Espero realmente, em um dia do meu melhor futuro, te encontrar. Pode ter a certeza que eu fitarei o fundo de seus olhos e farei uma expressão de surpresa ao ouvir seu nome, o qual, a essa altura, terá caído no meu esquecimento.  

Will I ever win?
Only time will tell
You got to suffer to remember how well
That are our ideals never really marched in time
That's the bottom line
Jilted lovers and broken hearts

sábado, 15 de outubro de 2011

Aprendi não aprendendo.

Acho que estou emburrecendo. É o que sinto que anda acontecendo. Melhor dizendo, acho que passei a parar de ligar para o que não vale tanto a pena. Digo isso grande parte devido a alguns resultados meus na escola. A verdade é que, desde quando eu re-arranjei meus planos futuros, ando completamente desconectada do que antes era tudo para mim: O ensino, as notas. E, como consequencia, isso me trouxe alguns aspectos não tão agradáveis de início. 
Porém, com o tempo elas passaram a não importar mais... Porque as peças parecem ter finalmente se encaixado. É engraçado como agora tudo relacionado a escola e sua "educação enlatada" parece totalmente sem sentido ao ver. Não estou dizendo que não acredito mais na educação, ao contrário. É que estou apenas saturada dessa vida de estudante alienada (Acreditem, após uma década sendo assim, acho que tenho o direito de reclamar). Ter cultura é uma coisa. Saber fórmulas decoradas, assim como demonstrações, nomes, e datas; é outra. E, deixo bem claro que meu objetivo é tomar doses e doses do primeiro item.
A questão é que é bom estar livre das correntes da minha mente - Pelo menos uma parcela delas. Finalmente percebi que não tenho que provar nada a ninguém, a não ser eu mesma. O que, ainda é bem difícil, mas a gente tenta.



 What did you learn today?
 I learnt nothing
What did you do today?
I did nothing
What did you learn at school?
I didn't go
Why didn't you go to school?
 I don't know

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

“As palavras não têm poder de impressionar a mente sem o belo horror de sua realidade.” - Edgar Allan Poe.

(Words have no power to impress the mind without the exquisite horror of their reality)

Haters gonna hate.

Ódio, ódio, ódio… Uma palavra forte. Curta e Grossa, mas não tão simples assim. Tenho ódio de pessoas que são iguais a mim. Que curtem as mesmas bandas, mesmos filmes, mesmos pensamentos, mesmos livros. “Posers, posers…”, minha mente não para de martelar. Sim, a verdade é que eu gosto de fazer certa imagem. Quero ter essa ilusão de que os meus gostos refletem uma parte da pessoa que sou e que isso, de certa forma, me torna única. Mas então, você conhece algum outro ser que compartilha tais interesses também e… BUM! Lá se foi a sua suposta identidade. E é por isso que eu as odeio - Com raríssimas exceções, obviamente.
Por outro lado, sem dúvida nenhuma eu odeio ainda mais os que são muito diferentes de mim. Odeio aqueles que curtem diferentes músicas que eu, diferentes filmes, diferentes pensamentos e diferentes livros… Se é que essas pessoas lêem, é claro.Enfim, eu as odeio… Mas tudo bem eu odiá-las. Elas podem continuar agindo da maneira que quiserem, porque, assim, EU me dou o direito de poder julgá-las. De me achar melhor que elas. Sim, eu disse mesmo melhor que elas. Arrogante? Sou mesmo. Sei que elas fazem o mesmo, e julgam a mim e a quem bem entenderem de acordo com o seus critérios - que por acaso, eu os julgarei de volta.
Naturalmente sei que odiar é algo humano. Mais que humano, é libertador. Acho que gosto de odiar.
Podem me odiar por isso.



I hate them all
I hate them all
I hate myself for hating them
So I'll drink some more
I love them all
I'll drink even more
I'll hate them even more than I did before

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eterno anestésico.

Entorpecida. Imóvel. As mãos presas. Um véu negro esconde meus olhos e não vejo nada. Uma mordaça comprime minha boca. Continuo imóvel. Não digo nada. Não sinto nada. Quero que me toquem, me batam, me estuprem. Venha, você. Pegue essa faca. Me apunhale. Quero sentir as minhas entranhas se dilacerarem. Por favor, retire o meu coração desse corpo já morto e o guarde em um lugar que ninguém possa o ver. Apenas você. Agora me beije. Quero que sinta o gosto doce do sangue em meus lábios... Veneno.                              
...
Claro, escuro. Escuro, escuro, escuro, claro.
...
Quem quero enganar? Foi só uma vertigem.
Abro os olhos, suplicando em ver, porém o véu ainda os cobre. Tento chamar seu nome, implorar para você voltar. Porém, a mordaça me impede. Ouço as batidas do meu coração se comprimirem contra meu peito e lembro-me, então, de que ele nunca te pertenceu. Foi só uma vertigem. Derrubo-me em lágrimas. Após alguns segundos, entretanto, elas secam... Completamente.
Aqui estou eu novamente, sentada no vazio escuro. Ainda Imóvel. Totalmente entorpecida.
Realmente, eu não sinto nada.



If you've a lesson to teach me
I'm listening, ready to learn
There's no one here to police me
I'm sinking in until you return

If you've a lesson to teach me
Don't deviate, don't be afraid