sábado, 15 de outubro de 2011

Aprendi não aprendendo.

Acho que estou emburrecendo. É o que sinto que anda acontecendo. Melhor dizendo, acho que passei a parar de ligar para o que não vale tanto a pena. Digo isso grande parte devido a alguns resultados meus na escola. A verdade é que, desde quando eu re-arranjei meus planos futuros, ando completamente desconectada do que antes era tudo para mim: O ensino, as notas. E, como consequencia, isso me trouxe alguns aspectos não tão agradáveis de início. 
Porém, com o tempo elas passaram a não importar mais... Porque as peças parecem ter finalmente se encaixado. É engraçado como agora tudo relacionado a escola e sua "educação enlatada" parece totalmente sem sentido ao ver. Não estou dizendo que não acredito mais na educação, ao contrário. É que estou apenas saturada dessa vida de estudante alienada (Acreditem, após uma década sendo assim, acho que tenho o direito de reclamar). Ter cultura é uma coisa. Saber fórmulas decoradas, assim como demonstrações, nomes, e datas; é outra. E, deixo bem claro que meu objetivo é tomar doses e doses do primeiro item.
A questão é que é bom estar livre das correntes da minha mente - Pelo menos uma parcela delas. Finalmente percebi que não tenho que provar nada a ninguém, a não ser eu mesma. O que, ainda é bem difícil, mas a gente tenta.



 What did you learn today?
 I learnt nothing
What did you do today?
I did nothing
What did you learn at school?
I didn't go
Why didn't you go to school?
 I don't know

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

“As palavras não têm poder de impressionar a mente sem o belo horror de sua realidade.” - Edgar Allan Poe.

(Words have no power to impress the mind without the exquisite horror of their reality)

Haters gonna hate.

Ódio, ódio, ódio… Uma palavra forte. Curta e Grossa, mas não tão simples assim. Tenho ódio de pessoas que são iguais a mim. Que curtem as mesmas bandas, mesmos filmes, mesmos pensamentos, mesmos livros. “Posers, posers…”, minha mente não para de martelar. Sim, a verdade é que eu gosto de fazer certa imagem. Quero ter essa ilusão de que os meus gostos refletem uma parte da pessoa que sou e que isso, de certa forma, me torna única. Mas então, você conhece algum outro ser que compartilha tais interesses também e… BUM! Lá se foi a sua suposta identidade. E é por isso que eu as odeio - Com raríssimas exceções, obviamente.
Por outro lado, sem dúvida nenhuma eu odeio ainda mais os que são muito diferentes de mim. Odeio aqueles que curtem diferentes músicas que eu, diferentes filmes, diferentes pensamentos e diferentes livros… Se é que essas pessoas lêem, é claro.Enfim, eu as odeio… Mas tudo bem eu odiá-las. Elas podem continuar agindo da maneira que quiserem, porque, assim, EU me dou o direito de poder julgá-las. De me achar melhor que elas. Sim, eu disse mesmo melhor que elas. Arrogante? Sou mesmo. Sei que elas fazem o mesmo, e julgam a mim e a quem bem entenderem de acordo com o seus critérios - que por acaso, eu os julgarei de volta.
Naturalmente sei que odiar é algo humano. Mais que humano, é libertador. Acho que gosto de odiar.
Podem me odiar por isso.



I hate them all
I hate them all
I hate myself for hating them
So I'll drink some more
I love them all
I'll drink even more
I'll hate them even more than I did before

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eterno anestésico.

Entorpecida. Imóvel. As mãos presas. Um véu negro esconde meus olhos e não vejo nada. Uma mordaça comprime minha boca. Continuo imóvel. Não digo nada. Não sinto nada. Quero que me toquem, me batam, me estuprem. Venha, você. Pegue essa faca. Me apunhale. Quero sentir as minhas entranhas se dilacerarem. Por favor, retire o meu coração desse corpo já morto e o guarde em um lugar que ninguém possa o ver. Apenas você. Agora me beije. Quero que sinta o gosto doce do sangue em meus lábios... Veneno.                              
...
Claro, escuro. Escuro, escuro, escuro, claro.
...
Quem quero enganar? Foi só uma vertigem.
Abro os olhos, suplicando em ver, porém o véu ainda os cobre. Tento chamar seu nome, implorar para você voltar. Porém, a mordaça me impede. Ouço as batidas do meu coração se comprimirem contra meu peito e lembro-me, então, de que ele nunca te pertenceu. Foi só uma vertigem. Derrubo-me em lágrimas. Após alguns segundos, entretanto, elas secam... Completamente.
Aqui estou eu novamente, sentada no vazio escuro. Ainda Imóvel. Totalmente entorpecida.
Realmente, eu não sinto nada.



If you've a lesson to teach me
I'm listening, ready to learn
There's no one here to police me
I'm sinking in until you return

If you've a lesson to teach me
Don't deviate, don't be afraid