quinta-feira, 21 de junho de 2012

Algumas das pequenas coisas que me fazem feliz (Leia quando estiver triste ou à beira de um colapso nervoso).

- O jeito calmo que o meu gato fecha os olhos ao acariciá-lo;
- Achar diários velhos;
- Passeatas na Avenida Paulista;
- Ler até cair no sono;
- Filmes franceses;
- Bottons;
- Caligrafias;
- Troca significativa de olhares;
- Modéstia honesta;
- O som de uma máquina de escrever;
- Pugs;
- Cantar dramaticamente com secador de cabelo;
- Idosos usando boinas;
- O quão brega são as propagandas dos refrigerantes Dolly;
- Descobrir o significado de palavras rebuscadas;
- Cabine telefônica de Londres;
- Gifs engraçados envolvendo Hitler;
- Listas;
- Tumblr;
- Voltar para casa após uma longa viagem;
- Tweets sem erros ortográficos;
- Homens com barba por fazer;
- Sotaques;
- Banhos de espuma;
- Falar em inglês sozinha;
- Delineador de gatinho;
- Quando começa a tocar a versão remixada de Mrs. Britghside na Renner;
- Lanches na madrugada;
- Ajudantes de livraria;
- 505;
- Brincar com os grãos de café na fila do Starbucks;
- Café;
- Chá;
- Tatuagens em lugares escondidos;
- O cheiro da chuva;
- Figuras de linguagem;
- Reticências ...

domingo, 17 de junho de 2012

Diário de uma ociosa.

08h00. Maldita claridade. Deitada ao sofá, as luzes da manhã me acordam de um sono profundo e desnecessário. Os raios de sol pertubam meus olhos, o canto dos pássaros fura meus tímpanos. Fecho as persianas e volto a dormir. 
NOTA: É um belo dia para se trancar e evitar o mundo a fora.
16h00. Minha cabeça lateja e sinto desprezo em relação a minha pessoa. Ingiro qualquer coisa. Qualquer coisa que sei que me fará mal: Alimentos ricos em gordura, colesterol e açúcar. Não que faça diferença, já que nem ao menos o gosto sinto.
18h00. Passo o resto do tempo me distraindo com assuntos supérfluos: Sammi, Rosemary, Bukowski. Mais Sammi do que Bukowski, é duro admitir.
21h00. Após o vapor meus poros estão nojentamente vermelhos. Faço de tudo para ignorar o espelho e torço para que no dia de amanhã eu esteja menos inchada.
0h00. Tomo chá e uma dor agoniante percorre pelo meu dente inferior.
NOTA: Estou ficando velha.
01h00. TV. Alterno entre programas para classe média baixa e desenhos nostálgicos. Os shows sensacionalistas funcionam como uma verdadeira descarga mental. E digo isso no sentido positivo, no meu caso. Enquanto assisto os desenhos, porém, é como se estivesse ao mesmo tempo próxima e distante da realidade.
Nostalgia é uma coisa estranha. Sentimento masoquista. Não sei definir se estaria mais pendente para o lado bom ou ruim.
02h00. Divagações pseudo-profundas a parte, a inspiração verdadeira desce para o ralo. Mas mesmo assim me esforço para tentar escrever algo decente. No entanto, o resultado é sempre um texto medíocre e decepcionante.
NOTA: Isso não é depressão. É tédio.

sábado, 9 de junho de 2012

Não vai passar de uma página.

Nos últimos dias, conclui, pesarosamente, que necessito de ti. Te procuro em cada parede, frase, rua e Facebook; mas não encontro nenhum sinal. Às vezes fecho os olhos e tento imaginar que você foi teletransportado para próximo de mim. Ao pé da porta, seu rosto tenta compreender o que se passa. Mas quando nossos olhares se cruzam, eu não hesito: Me jogo em teus braços e selo meus lábios nos seus. Você responde, demonstrando que ansiava por este momento tanto quanto eu. Toco na sua barba e sinto a sua respiração quente, enquanto suas mãos me guiam para algo a mais. Após certo tempo, então, escuto uma risada de escárnio ao longe. A voz é feminina. Ela te chama. Sem dar satisfações, você para com os movimentos repentinamente e se afasta de mim. Simplesmente sai do ambiente, sem ao menos olhar para trás. Teria se juntado a ela? Ao pé da porta - a mesma que um dia você entrou - eu desmonto em lágrimas e espero, apática, por sua volta.
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Pois é. Ao ler estrofe acima, me parece inacreditável que já prometi jamais ser uma dessas garotas que escreve crônicas melosas sobre amor e este tipo de relacionamento... E olhe só no que me tornei.
É que somente agora os velhos "E se..." começam a bagunçar minha mente. Entretanto, acho que nomear isso como arrependimento já é forçar demais. O fato é que embora seja verdade que sinto precisar cada vez mais de ti, esta necessidade é mais psicológica do que física. E repare, a física não é tão desprezível assim. Não mesmo.
Você prefere água à café, nunca ouviu falar de Yung e faz provocações nos momentos insolentes. E mesmo assim, não sai da minha cabeça um só segundo. 
Acho que nem Freud explica.
Há vezes que me pergunto se toda essa paixão incomum foi criada por meu cérebro para dar algo no que pensar. Como se eu procurasse um novo tema para meus textos. Repito tanto e tanto o seu nome que acabo acreditando em nosso conto de fadas. Acabo por acreditar que um dia você foi inteiramente meu. Contudo, pelo menos não me parece impossível que talvez, quando eu encontrar um outro alguém em um futuro breve, nem sua voz eu lembre mais.
Confesso que estou ficando cansada. É agoniante. A distância dói e a realidade de nunca mais te ver faz não me reconhecer mais. Esta é a última vez que escrevo sobre ti.
Que venha a página dois.




He speaks about the travel
Yeah we think about the land

You need something for which to care
Sandy why can't we look the other way?