domingo, 27 de janeiro de 2013

Déjà vu de novo e outras redundâncias.

E é de novo aquela sensação de puro vazio, como se a sua existência e de todas as outras pessoas não fizessem sentido. Você se sente mais sozinha do que nunca e nem ao menos tem força força suficiente para chorar. Só que dessa vez você está exposta, pronta para ser pré-julgada. Devo alertá-los que não é necessário que vocês apontem os meus erros e defeitos. Afinal, eu os conheço melhor que ninguém. 
Se você me perguntar se eu estou triste, eu responderei que não é bem isso... É mais uma questão de aflições e inseguranças. De se sentir solitária e pela primeria vez na vida não querer levantar a bandeira da independência.

sábado, 19 de janeiro de 2013

As unhas cravam nas costas até sangrar.

Deitada, a luz amarela fosca bate em seus seios expostos. O braço pende ao lado da cama. A mão em concha, é quase como se estivesse pedindo por esmolas de atenção.
A televisão muda mostra imagens desconexas: Um verdadeiro show de
horrores. Seus olhos estão semicerrados, mas ainda assim de uma maneira vidrada. Está a meio passo do sono, sua mente está apenas parcialmente presente na terra. Semelhante a um sensação de morte... Como "morrer dormindo". Se é que isso existe.
Mas finalmente uma sombra vem em passos firmes, tirá-la de seu estado de insensibilidade. Cautelosamente, vai se acomodando ao lado da frágil menina. Ele a cheira dos pés a cabeça, como se estivesse se preparando para experimentar uma refeição. Pelos seus olhos delirantes, não precisaria ser um gênio para perceber que estava realmente faminto.
E aos poucos, a garota vai esboçando reação. A boca já não está mais seca, e as pernas se contorcem quase que em um movimento compulsório. O convidado a toma por completo. Assiste o peito dela arquejar para então dilascerar o seu corpo, comer as entranhas. 
"Não sei que raios é esse tal de Amor, mas com certeza isso não é", ela pensa em meio aos estremecimentos. 
Mas quem liga pro Amor quando se pode ter isto?

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Coração em uma jaula

Ainda espero pelo dia em que te encontrarei em uma esquina qualquer.

Ainda espero pelo dia em que você irá me dar novamente aquele abraço que mais parece beijo.

Ainda espero que nós possamos ir a um café aconchegante e compartilhar nossas histórias, feito novos desconhecidos.

Ainda espero entrelaçar meus dedos nos seus e sentir aquele seu perfume que tanto me acalma.

Parece que foi ontem que nossos olhares se encontraram e nós nos comunicamos infinitas coisas sem dizer uma única palavra sequer.
"Mas Deus", reflito incrédula, "vai fazer quase um ano". UM ANO.
E eu ainda aqui. 
E eu ainda choro em silêncio.
E eu ainda espero, espero, espero...
E eu ainda fico nessa espera interminável para tentar te esquecer.