terça-feira, 18 de março de 2014

Resenhando tudo (exceto as resenhas que deveriam estar sendo feitas)

E é um dente quebrado
Um emoticon errado
Mais cinco dias úteis de espera 
para ainda talvez  
ter que recorrer ao PROCON

Parece que quando coisas negativas caminham
Elas vem lado a lado, querendo te afogar.

Ok, vou te falar que escutar Arcade Fire também não me ajuda,
(Mas eu culpo o dia seis).

As pessoas da rotina resolvem  então seguir outro rumo
Nova York, lesbianismo ou design que seja
E tudo isso é demais pra absorver enquanto
Meus vinte anos se debatem na angústia de parecer não 
chegar a lugar nenhum

Sei que talvez seja uma parte imediatista minha de refletir
Mas veja bem,
Acrescente ou retire uma pessoa daqui ou dali,
Uma atividade mais passional e um puta calor:
Meu cérebro dá um grito estilo Munch e vê que
a vida ainda continua a mesma

E porra, "17 anos" não soa igual a "20", sabe?
E eu mal sei definir meu status do relacionamento
Ou ter pique de enfrentar o horário de pico cotidianamente 


sábado, 15 de março de 2014

A fossa

Mas já? Mas já.
"Fossa" talvez fosse um tema exagerado porque subtende-se um longo período de angústia e o que são 5 horas de desgosto, não é mesmo?
E que mal faz uma hora de diversão escondida?
E 10 minutos a mais ou a menos, faz diferença?
"A merda" seria mais cabível, mas vou procurar deixar os baixos palavreados só para as leituras do velho Buk (Apesar de ter exclamado um sonoro "Puta merda!" quando o smoothie derramou no chão no fim da noite).
Quando a lua chegou hoje no auge queria eu dizer que estava em um canto de um bar no ápice da solidão com uma bebida para afogar os pensamentos e um moleskine com capa de couro. Mas a verdade nada mais é que estava comendo um sanduíche barato na lanchonete do palhaço ao mesmo tempo que meus dedos engordurados riscavam essas palavras numa sobra de papel qualquer e meus ouvidos tentavam ignorar as dezenas de rolezeiros tagarelas.
As batatas fingindo preecher a culpa, enquanto só entopem as coxas.
Uma batida de carro. Uma recusa do hippie. 15 do 10: Para piorar o dia alheio ainda troquei uns beijos pela confiança da que mais merecia valor no mundo. Momentos antes, uma inquietação no peito e o desabafo arrependido premeditavam o que estava por vir.
Caro(a)-leitor(a)-o-qual-eu-tenho-a-maior-estima-a-propósito-mesmo-não-conhecendo-pessoalmente-mas-só-pelo-fato-de-você-estar-gastando-uns-minutos-de-seu-precioso-tempo-lendo-isso-e-não-assistindo-um-daqueles-vídeos-de-batom: Não sou de falar explicitamente o que se passa, mas basicamente eu traí a confiança de alguém que não merecia que uma lágrima fosse derrubada. E não, não estamos falando de nenhum cara, tópico geralmente saturado aqui.

Fato é: Já foi. Acho que no fundo, por mais terrível que seja, os acasos (a chuva, os calmantes, a dança interrompida) mostram que era pra ser assim, agendas que foram forçadas a se encontrar.

Mas fato número 2 é: A medida que as palavras saem e a comida entra; o tempo passa e as feridas também.

domingo, 2 de março de 2014

Um texto sobre a falta de textos

O teclado está quebrado
Os espaços transfigurados
Mas nada disso é verdadeira desculpa
A não ser o fato de que estou bem


Não estou pulando carnaval
Nem morrendo de êxtase
Mas cada ponto do pentágono
Parece ter atingindo certo equilíbrio

Percebi finalmente
Que a vida lá fora
É mais real e colorida
Do que a poeticidade
Dos filmes preto e branco

Eu não quero mais escrever sobre X, Y, Z…
Pelo menos por enquanto
Eu quero é viver

(Volto quando estiver na fossa)